"Eu acho que nada mais resta..."

Eu acho que nada mais resta
a minha carne é para os cães deste século
para os pósteros eu testemunho a loucura
com as legiões de jovens famélicas
pelas próprias vidas devoradas
nos seus corações sem sombras
para os pósteros eu só asseguro
o direito aos meus ossos podres
carniça odiosa que restarei



___________________________________

Do folheto UM DOIDO E A MALDIÇÃO
DA LUCIDEZ, edição do autor,
Palmares, PE, 1975.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

POETAS DE PALMARES (1973)

"AMERICANTO AMAR AMÉRICA" : UM POEMA COMPLETA 50 ANOS ! (Segunda Edição)

"AMERICANTO AMAR AMÉRICA" : UM POEMA COMPLETA 50 ANOS !