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Mostrando postagens de abril, 2010

QUATRO ESTUDOS NU POEMA (1)

são vocês que me suicidam na guilhotina das palavras. a cabeça empenhada nos cestos dos signosfisgantes assim eu acho viver. as mãos emagrecem na ossatura da máquina fêmea rija ao meu encontro em horas que perdi nos relógios fêmea eu falus & deposito minha ânsia em sua mesa, em silêncio os gritos não gritam nem a tempestade que se alvoroça em mim arrasta as suas teclas numa correria rude, a máquina me ampara como eu necessito mendigo dessa doença sem remédio me datilografo, os fios dedosos telegrafam-me neste lugar & anunciam a minha voz

CANÇÃO DA GRUTA DE VÊNUS

a luz que me nasce fecunda a aurora do ventre, nascem membros orgãos o respirar cronométrico do sangue correntes espelham sua nova fonte. o corpo se estende os seus caminhos na minha frente todo um país que não se descobre conheço as suas montanhas vales praias & lugares comuns sob os meus pés reviram-se seus climas e erupções eu me aprofundo & em suas regiões reinam mistérios intangíveis. o corpo é longo eu mergulho em sua densa sinuosidade me exploro exausto morto de cansaço cedendo ao chão a minha febre. diante de ti me levanto a exibir o orgulho que te fascina macho que te ampara, se oferece para viajar em tua carne deflorar teus prazeres de dentro de ti minha boca despeja-se em teu corpo inteiro bebendo suores & distribuindo lampejos com a língua múltipla me reparto sobre o teu corpo ampla lascívia com que te quero & ondulo revôo leve aliciante mágico odor onírico dos teus espasmos sensuais. cavalgo ferindo a tua terra o meu pênis