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"RETRATO 3 X 4 DE JUAREIZ CORREYA" (3) - Texto de Jaci Bezerra

,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,      "Ouso dizer que em Juareiz Correya a vida e a poesia estão entranhadas na mesma argila e no mesmo barro. A sua poesia, digamos assim, é o reflexo exato de suas atitudes e ações no mundo, Ele acredita, com uma crença visceral, no poder das palavras como instrumento de denúncia e combate.  Mas nunca nas palavras bem comportadas, adoçadas pelo açúcar lírico que durante um tempo bastante longo marcou nocivamente parte substancial da poesia brasileira : a palavra domesticada, asséptica, esterilizada, cheirando a desodorante e apertada nos nós dos espartilhos.  Juareiz acredita na palavra solta e livre, fruto que os poetas, sentados à mesma mesa, também soltos e livres, podem dividir fraternalmente.  Por isso mesmo ele as usa sensualmente, como se ele e a palavra fossem amantes que, na intimidade do amor, se concedessem todas as liberdades.  E porque a palavra é a amada que escolheu, e porque sabe, ainda, que essa