MARIA JOANA





joana, eu te quero para dormir
menina de olhos cálidos
quero bodear te querendo
te comendo, maria
joana das transações, derrubações
dos mil e um baratos,
mulher lampejo
fumando meus dedos
me amassa
tou mais ou menos legal
partilharei com os meus irmãos
toda & qualquer alegria
e a paz que nos embala
eu sei que te proibem para os meus lábios
que te proibem fluir no meu peito
encher minha cabeça te é proibido
maria (cálida) joana (doce)
tu me adormeces todos os músculos
me abres no meio de mim com um sopro
& que importa ao mundo
se me embebedo ? se fico pirado ?
se me ouriço do tamanho de uma sensação ?
se bodeio com clássicos olhos vermelhos
& o corpo meu
curtido no teu cheiro & no teu gosto
me expõe de dentro de mim
& sai comigo ao meu encontro ?




(do livro AMERICANTO AMAR AMÉRICA,
de Juareiz Correya
- Nordestal Editora, Recife, 1982)



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Transcrito do livro AMERICANTO AMAR AMÉRICA
E OUTROS POEMAS DO SÉCULO 20,
de Juareiz Correya
- Panamérica Nordestal Editora, Recife, 2010

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