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Mostrando postagens de janeiro, 2016

AMERICANTO AMAR AMÉRICA : Opinião de Antonio de Campos

"... Há uma visão seletiva nos elementos que Juareiz Correya traz à fundição de seus versos :  sua seleção se faz em juntar seres éticos de vários matizes : tanto canta a grandeza de Victor Jara, como dedica e se inspira ao elaborar o mais longo poema de Americanto Amar América que dá título à reunião de seus poemas numa evolada beatitude americana : sua geração beat.  Juareiz Correya à imagem de Ginsberg : dono de criminosas gaivotas.  Criminosas por voarem além dos rótulos, das convenções, dos partidos e das seitas.  Companheiro de Francisco, pai dos beats..." (ANTONIO DE CAMPOS - Jornal do Commercio, Recife, PE, 1983)  ___________________________________________________ Transcrito do livro AMERICANTO AMAR AMÉRICA  E OUTROS POEMAS DO SÉCULO 20, de Juareiz Correya   (Panamerica Nordestal, Recife, PE, 2010) 

AMERICANTO AMAR AMÉRICA : Opinião de Eduardo de Lucena

     O poema Americanto Amar América contém besouros insondáveis.  E salsugem de mangues. "E eu me desespero  poeta errante e louco / sambando e cantando loas africanas (...) / América América / teus gritos metem jovens nos meus ouvidos..."   Isso é um orgasmo dentro de um orgástico, estranho, triunfal poema.  Este poema é uma porrada, navajo, tupí, tupamaro, jogando bombas e lama sobre os próceres (eles merecem o termo) que sempre vestem linho e branco, para melhor a lama escorrer. E assim mesmo com "choros de crianças guitarras, ventres duros de fome  - e com isso tudo mesmo é que a América é "mulher de carnes cruas pregadas no meu peito / como colunas de ventos colossais..."   América que tem cheiro de limão, devastação, pilhagens, porres de cocaína, rolos de maconha, e esse sangue americano resumindo tudo, como um desespero que não se consome, nem se consuma : fruto a exigir a sua redenção.       (Recife, 1982)  ______________________