POEMA PARA LÉA (*)

quando a gente ama
não reclama
da cama
do berço dos braços
do suor em bagaços
deitado
em cima da gente
quando a gente ama
a gente se sente
demente
& se faz descrente
do mundo inteiro
quando a gente ama
dançam na gente
garras de chama
& a boca gemente
de gozar se derrama
na gente-semente
na gente somente
quando a gente ama



(do livreto AMERICANTO AMAR AMÉRICA
& OUTROS POEMAS, Nordestal Editora,
Recife, 1975)



________________________________

(*) Canção do compositor Paulo Diniz,
interpretada por ele, com arranjos de
João Donato, no elepê "Estradas" (Emi-
Odeon, Rio, 1977), e por Wanderléa,
com arranjos de Egberto Gismonti,
no elepê "Vamos que eu já vou (Emi-
Odeon, Rio, 1977). Regravada por
Paulo Diniz no CD "Reviravolta"
(Produção Independente, Recife, 2003).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AMERICANTO AMAR AMÉRICA (Sétimo Canto, São Paulo, 1972)

POETAS DE PALMARES (1973)

"AMERICANTO AMAR AMÉRICA" : UM POEMA COMPLETA 50 ANOS ! (Segunda Edição)